Vós sois a Luz do mundo... Ninguém acende uma lâmpada e esconde debaixo de uma vasilha, mas sim em um candeeiro, onde brilhará para todos que estão na casa. Assim também brilhe vossa luz diante dos homens... (Mc 5, 14-16)

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Medos

 
"Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo é do amor
Que você guarda para mim
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo de você
Você tem medo de querer ?"
 
Ao longo da nossa vida muitas coisas nos assombram, a injeção, a velha casa abandonada, do velho que mora na esquina, da Caipora, do Cumadre Florzinha... enfim. Mas com o passar do tempo vamos vencendo essas barreiras ou aprendendo a conviver com elas.
Quando a gente cresce, o medo sai do fantasioso e passa a ser real: Medo da decepção, da rejeição, MEDO DO AMOR.
 
Algo que nos faz tão bem, que nos rejuvenece, que nos dá ânimo, que nos motiva a ir adiante: O AMOR! Mas porque temos tanto medo dele?
 
"Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar"
 
Hoje, num mundo globalizado, individualista, egoísta, as pessoas finjem esse sentimento. O outro deixa de ser a PESSOA amada, desejada, e passa a ser o OBJETO de desejo, descartável, sem valor.
 
Viramos troféus de exibição, nossas relações são frias e vazias, sem conteúdo, sem cumplicidade, sem amizade. O mundo está perdendo a essencia de todas as coisas, tradando o outro como mero objeto sexual, que após satisfeito é descartável, desprezado.
 
Tudo isso nos faz sentir medo, de nos envolver, de nos aproximar, de nos APAIXONAR!
Se aproximar do outro é uma verdadeira incógnita? Pois não sabemos qual equação estamos resolvendo, e quantas variáveis resultará!?
 
Renato Russo, já percebeu isso, mesmo que parecendo uma antecipação do futuro, ele canta:
 
"Tem gente que está do mesmo lado que você, mas deveria estar do lado de lá;
Tem gente que machuca os outros, tem gente que não sabe amar!!
Tem gente enganando a gente, veja nossa vida como está?"
 
Renato profetizou, e hoje as pessoas vão nos roubando de nós, roubando aquilo que acreditamos, roubando nossa essência, fazendo nossa existencia ser materialista, perdendo a efemeridade.
Não podemos e nem devemos coisificar as pessoas. Temos o dever de amá-las pelo que elas são.
Não podemos e nem devemos objetivar as pessoas. Elas tem sentimentos, coração.
Não podemos e nem devemos desprezar o amor das pessoas, não sabemos o fruto do amanhã!
 
Ouso a dizer:
Nem só de PÃO vive o homem, MAS TAMBÉM DAS ESCOLHAS QUE ELE FAZ!
 
"Meu bem, que hoje me pede pra apagar a luz
E pôs meu frágil coração na cruz
Do teu penoso altar particular
Sei lá, a tua ausência me causou o caos
No breu de hoje, sinto que
o tempo da cura tornou a tristeza normal"

 

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Reflexo, reflexão, decisão!


Daí você se olha no espelho e toma um susto!
Não naqueles espelhos propositadamente fabricados para refletirem o que parecemos ser. Não.
Você olha num espelho capaz de refletir sua alma, quem você é e quem deseja ser.
Então nada mais faz sentido.
Você olha pro espelho, olha pra si mesmo, olha pra projeção aparentava ser você e, meio que subitamente nada mais sentido mesmo.
Entõ, você mira para um livro empoeirado abaixo do tapete e, primeiramente, indaga: o que este livro faz embaixo do tapete? Sim, pois é exatamente o que tem feito com tudo ultimamente. Põe debaixo do tapete e esquece.
Então, abre o livro e vê que é o livro da história de sua vida.
Curiosamente, percebe que a partir de determinado momento, a mesma página começa a se repetir e repetir como se houvesse parado no tempo.
E, como num estalo, percebe que sim, havia parado no tempo.
Todos os sonhos, desejos, prazeres e até mesmo quem era haviam sido esquecidos.
Vê também que a caneta havia sumido e que as páginas repetidas haviam sido escritas por outros, e não por você.
Um mix de raiva e frustração tomam conta de si e por um momento de odeia. Então, olha novamente pro espelho e vê que está tudo errado. E tudo aquilo que parecia ser confuso e totalmente sem sentido começa a realmente ter algum nexo.
Limpa o livro.
Rasga as páginas.
Compra uma nova caneta.
E começa, sem procrastinar (sua principal característica de uns tempos pra cá), a rescrever tudo o que havia perdido hoje. Não ontem, mas hoje.
Aprendeu, então que não existe futuro sem presente.
E que não existe presente sem atitudes que o modifiquem!
Caso contrário, seus dias serão sempre páginas repetidas.

(Filipe Bispo)